O Traumatismo Crânio Encefálico ligeiro ( TCE) atravessa estratos sociais, não se importa com o sexo, religião ou classe. Ninguém está imune à possibilidade da ocorrência deste evento.

Uma vez tendo “experimentado”/ contacto com o TCE Ligeiro ele não pode ser ignorado ou negado.

Quando ocorre este incidente, a vida dessa pessoa é reorganizada entre a vida antes daquele “momento” e tudo o que irá acontecer.

Devido a este incidente e ter de lidar com a devastação que ocorre depois, se deixarmos a vida desta pessoa a recuperar sozinha é que ela, compreensivelmente, tenta criar distância entre ela e a experiência do evento. Esta experiência é entrar em contacto com uma dor sem paralelos psicológica e emocionalmente…o impulso é afastar-se da fonte da dor

O que geralmente ocorre é a pessoa afastar-se dela mesma, dos seus pensamentos e sentimentos e dos outros. Estas pessoas geralmente perdem contacto com os amigos e algumas, ás vezes, com membros da família.. E previsivelmente os sintomas desenvolvem-se.

A pessoa que sofre este evento traumático é forçada a lutar…é como reconstruir uma vida e uma visão do mundo. O que antes era geralmente presumível, normalmente perde-se.

Vou dar o exemplo de um professor que sofreu um TCE ligeiro em que aparentemente está tudo bem mas não consegue dar aulas pelas modificações de comportamento nomeadamente a intolerância ao ruido, a irritabilidade e pelo défice de concentração e da memoria.

A qualidade de vida é severamente afectada e a capacidade profissional é muito reduzida.  Ocorre o entorpecimento emocional…. E o ciclo continua….

Fica a reflexão.

Créditos imagem: Movimentos e Olhares
Traumatismo Crânio Encefálico Ligeiro
TCE